Mirror Mundo - O Inicio

Era uma tarde escura por causa da chuva, chovia bastante com raios e trovões, não podia acender as lâmpadas de minha casa porque um raio atingiu um poste próximo causando um apagão, fui procurar por velas na despensa para iluminar a casa, a despensa estava escura demais para conseguir achar as velas, então usei o meu celular para iluminar a despensa, notei que a bateria do celular estava um pouco baixa e não tinha sinal, encontrei algumas velas em um canto da despensa atrás de uma caixa que não conseguir ver na hora, peguei umas velas mas não tinha fósforos ou isqueiro para acender a vela, o fogão era elétrico mas não funcionava sem energia, frustrado, deixei as velas na mesa da cozinha, uma mesa pequena e redonda que ficava próximo a pia, fui para a sala procurar por algo que pudesse acender as velas, levei meu celular para iluminar o caminho, procurei na sala mas eu encontrei uma lanterna e estava sem pilhas, peguei as pilhas do controle da tv para por na lanterna, mas as pilhas não eram do tamanho certo, olhei as pilhas do controle do DVD e da câmera digital que estava no sofá, apenas as pilhas da câmera serviram serviam na lanterna, porem a lanterna precisava de quatro pilhas para funcionar e a câmera só tinha três, procurei por mais pilhas em um dos quartos, quando estava procurando, vi uma luz na direção da cozinha, passei pela sala e então fui a cozinha, vi que uma das velas estava acesa, fiquei espantado ao ver a vela acesa, mas ignorei e usei a vela para acender as outras e espalhei pela casa, fui levar a ultima vela para o ultimo cômodo da casa que era o banheiro, despejei umas gotas de parafina da vela e grudei a vela a pia do banheiro, ao sair do banheiro, eu reparei que a iluminação estava ficando esverdeada, eu me virei e reparei que a chama da vela estava ficando verde até que as paredes estavam parecendo que foram pintados de verde, eu olho para o espelho do banheiro e percebo que ela parece estar ondulado, quase como se fosse possível entrar no espelho, aproximei minha mão ao espelho, quando minha mão estava bem próximo ao espelho, um raio caiu fazendo um barulho assustadoramente alto, me assustei no mesmo instante em que o raio caiu, por algum motivo a energia voltou e as lâmpadas se acenderam, mas ela falhava em curtos períodos de tempo, saí do banheiro para verificar se outros eletrodomésticos estão funcionando ou não, a luz do standby da tv estava ligado, mas a imagem da tv não ligava, apenas o som, fui verificar os canais, alguns canais estavam sem sinal, outros tinham muita interferência, apenas dois canais estavam recebendo sinal bom o bastante para eu poder entender o som, em um dos canais estava passando um comercial, no outro estava passando o noticiário, fui ouvir o noticiário para saber o que tinha acontecido, mas em certos momentos, o áudio falhava, mas eu ouvia a notícia mesmo assim.

“uma forte tempestade ocorre na cidade de... (tzzz...) causando um apag... (tzzz...) ...rros próximos ao centro da cidade, recomendamos que evi... (tzzz...) e ficar próximos a janelas para evitar aci... (tzzz...)”

A tv desligou sozinha antes que pudesse ouvir a notícia inteira, fui procurar o radio para ver se também tem uma noticia mais detalhada do que está acontecendo, o radio precisava de quatro pilhas para funcionar, felizmente o tamanho da pilha era do mesmo tamanho das pilhas da lanterna e parecia já haver uma pilha encaixada no radio, peguei as pilhas que estavam na lanterna  e coloquei no radio, enquanto sintonizava o radio, percebi que a tempestade havia aumentado, a chuva tinha ficado mais forte e os raios tinham diminuído, nenhuma transmissão estava transmitindo algo importante, apenas musicas e uma transmissão religiosa, coloquei em uma radio que eu gosto e fiquei ouvindo enquanto passava o tempo, depois de um tempo, eu olhei a hora no celular e indicava 17:59, quando deu 18:00, o radio interrompeu a música e disse o seguinte:

“Atenção, vários assassinatos misteriosos estão acontecendo durante a tempestade e as autoridades não estão dando conta do número de chamadas, se possível, tranque as portas e janelas e não confiem em estranhos...”

Percebi que algo perigoso está acontecendo durante a tempestade além dela própria, a porta estava destrancada então fui trancar, as janelas estavam trancadas, mas decidi verificar ainda assim, haviam três janelas, na primeira janela, eu verifiquei as trancas e olhei para a rua através dela, a rua estava bastante escura e nenhum carro passava, na segunda janela, eu verifiquei as trancas novamente, ouvi um choro de criança vinda do vizinho e um carro passou devagar pela rua, na terceira janela, as janelas não estavam muito bem trancadas, então me certifiquei que estivesse em trancada, quando eu tranquei bem, eu ouvi um trovão, pelo som, o raio deve ter caído próximo daqui, então ouvi novamente um choro de criança seguido de latidos de cachorro, olhei para o relógio do meu celular e indicava 18:17, resolvi ir para a cozinha comer alguma coisa, a comida estava na despensa e resolvi pegar algo, mas estava muito escuro e poderia ser perigoso levar uma vela para a despensa, visto que tem vários produtos inflamáveis lá dentro, peguei as pilhas do radio e coloquei na lanterna, liguei a lanterna e fui até a despensa pegar algo para comer, não tinha muita coisa que possa comer sem preparo, então peguei uma barra de cerais e comi, depois fui para a sala e fiquei matando o tempo jogando no celular, os trovões iluminavam a casa de tempos em tempos, e em um desses trovões eu percebi uma silhueta de uma pessoa em um dos quartos, a silhueta aparentava ser de uma criança ou um adolescente e me aproximei dizendo:

“Olá! Quem está aí?”

Percebi que a silhueta se mexia e percebi que realmente tinha alguém ali e a medida que eu me aproximava, usei o celular para iluminar a silhueta e aos poucos notei que a pele era cinza e que fazia uns grunhidos impossíveis de entender, um relâmpago iluminou o quarto brevemente dando tempo suficiente para ver o que era a silhueta e não era uma pessoa, a pele cinza era na verdade pelo cinza e seu rosto era semelhante a de um cachorro ou lobo, eu pensei que era um lobo, mas ele era bípede e então me aproximo devagar me cumprimentando e estendendo minha mão direita, mas ele me ataca e morde o meu braço, tento me livrar dele mas não consigo porque a mordida é muito forte e meu braço começa a sangrar bastante, tento pegar um objeto duro para acerta-lo, o objeto que eu foi um ventilador e tive que acerta-lo três vezes com toda a minha força para ele me soltar, ele avançou para cima de mim e então tentei fugir mas ele agarra a minha perna e me derruba no chão, chuto o rosto dele e consigo me soltar, eu corria em direção ao banheiro e ele me seguia, felizmente eu consigo entrar no banheiro antes dele me alcançar e tranco a porta, percebo que meu braço está sangrando bastante, pego meu celular e vejo que possui um sinal bem fraco e resolvo ligar para a emergência, liguei quatro vezes e todas as vezes dizia a mesma mensagem:

“Todas as linhas estão ocupadas, por favor, aguarde alguns minutos e tente novamente.”

A criatura que me atacou continua batendo na porta e ela começa a ceder e percebo que talvez não tenha sido uma boa ideia se trancar num lugar com apenas uma entrada ou saída, começo a me desesperar e então escuto uma voz vinda do espelho dizendo:

“Rápido, por aqui...”

Chego ao espelho e a vela volta a ficar verde mas não prestei atenção, o espelho aparentava estar ondulado e fui tocar o espelho com minha mão esquerda, mas em vez de toca-la, a minha mão atravessou o espelho, a porta do banheiro e arrombada e corri para passar pelo espelho, mas ele agarra a minha perna de novo e me puxa e percebo que algo do outro lado do espelho começa a me puxar também, tentei chuta-lo de novo porem não tive sucesso em me livrar desta vez e então joguei um sabonete em direção a criatura mas com o meu braço naquele estado eu não consegui acerta-lo e o sabonete caiu no chão próximo aos seus pés e a criatura e a criatura escorrega no sabonete e solta a minha perna então aproveito para passar pelo espelho e do outro lado do espelho eu vejo algo que nunca achei que veria na minha vida...